
Antes da Linha Vermelha, não se tem evidência de nenhum outro trabalho de arte pública de tamanho impacto e expressão em Salvador, capturando a atenção dos citadinos, inclusive de pessoas alheias ao campo das artes visuais. Por sua característica material, se tratando de uma faixa elaborada com um excelente acabamento plástico, a obra pôde ser facilmente confundida com uma faixa de trânsito, aspecto que contribuiu significativamente para a abertura da discussão em torno da obra, inclusive de sua permanência ou não no tecido urbano de Salvador. Já as implicações conceituais e reflexivas engendradas tanto pela obra “linha vermelha”
A linha vermelha foi pintada saindo so MAM e em 3 a 4 kms de asfalto nas ruas de Salvador, com 10 cms de largura
O artista mineiro radicado em São Paulo, Dácio Bicudo, ultrapassou os limites do Museu de Arte da Bahia (MAM) para levar uma linha vermelha com 10 cms de largura por 3 kms de asfalto, na qual escreveu o nome de mais de 100 artistas plásticos. Nada a ver com o Rio de Janeiro – é como uma fita do Senhor do Bonfim gigante. Ao perceber a intervenção artística no Centro da idade, a Superintendência de Engenharia de Tráfego mandou remover.
A linha pintada no chão sai do andar térreo do Solar do Unhão, pula o muro do prédio do século XVII que pertenceu ao ex-provedor da província Gabriel Soares, atravessa a Avenida Contorno do arquiteto Diógenes Rebouças (o mesmo da Fonte Nova), sobe a Ladeira dos Aflitos, passa em frente ao Quartel, vira à esquerda na Avenida Sete, morre em frente ao Elevador Lacerda e ressuscita na Praça Cayru, na Cidade Baixa, onde será construído o Hilton Hotel.
O trabalho, que não é um dos premiados do 14º Salão da Bahia aberto até fevereiro no MAM é o que mais propicia uma interação com a sociedade, como pretendia o autor. Especialmente com a Superintendência de Engenharia de Tráfego (Set), que ordenou a sua retirada das ruas da cidade. Um dos seus agentes alegou que a intervenção confunde os motoristas, já que linha vermelha é geralmente utilizada como sinalização de ciclovias, conforme contou a assessoria do Museu que recebeu a notificação. A restrição foi formalizada pelo ofício 1126/2007 repassado ao artista.
Dácio Bicudo não gostaria de ter que apagar o próprio trabalho que lhe custou “noites e noites” para ser executado. Disse que foi “terrível”, aplicar o nome de mais de 100 artistas no asfalto entre espaços de 30 cms, dentre eles Glauber Rocha, Hélio Oiticica, Emanoel Araújo, Ferreira Gullar, Brennand, Lígia Clark, Cícero Dias etc. A maioria, ninguém na Avenida Sete, sabe quem é. Não sabe sequer que o 14º Salão está no MAM e pode ser visitado.
Alba Cristiane Costa, 30 anos, assistente social, cheia de compras na mão, nas Mercês, declarou que não conhece nenhum dos nomes que leu sobre o asfalto. E garantiu que se tivesse tempo seguiria para ver onde iria dar a linha vermelha.
Foi o que o agente da SET fez quando viu a pintura com aqueles nomes todos. E assim chegou ao Museu. Foi quando informou ao assessor Daniel Rangel, que a intervenção não poderia permanecer porque atrapalharia o trânsito.
De acordo com o assessor do MAM, autorizações foram requeridas com antecedência para que a intervenção pudesse ser efetuada. O Salão foi inaugurado em 18 de dezembro e até a véspera, o MAM nada tinha recebido da SET. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) expediu ofício em 10 de dezembro, autorizando o trabalho em área tombada.
Somente em 27 de dezembro, o chefe de gabinete da SET, Paulo Dantas, enviou o ofício pedindo a “interveniência junto ao artista plástico”, para retirada do trabalho.
A aplicação da tinta já está desaparecendo. Foi feita para durar pouco, segundo informou o artista. Em alguns trechos fica em paralelo à linha azul, que serve para delimitar o espaço reservado ao folião pipoca durante o Carnaval, que permanece o ano inteiro. Nenhuma das duas parece chamar a atenção. “Não sei do que se trata, mas acho que não está incomodando em nada. Não confunde ninguém”, disse o motorista da Delegacia Regional do Ministério da Agricultura, Antônio Duques, 58 anos, com experiência de 40 anos.
“Não tem caráter de homenagem aos artistas, e sim de diálogo. É o artista saindo do Museu. É a participação da arte contemporânea na vida”, conceitua o artista, que morou um ano na Bahia, e que tem várias exposições internacionais no currículo. “Eu pretendo que a Linha Vermelha continue até o fim do Salão, em 17 de fevereiro. Se eu tiro, a obra morre. Não faz sentido ficar somente dentro do Museu. A proposta é criar um diálogo com a população”, diz o artista e videomaker Dácio Bicudo.
Enquanto o assessor do MAM Daniel Rangel diz que a questão agora “fica entre o artista e a SET”, a assessoria da SET informa que o problema estaria sendo negociado com o MAM. “Eles (a SET) não responderam em tempo hábil. Esse é o momento de o artista tentar a liberdade de expressão. A gente defende a liberdade do artista. Mas claro que tem que estar de acordo com a lei. Na minha concepção, a intervenção não provoca confusão no trânsito”, disse Daniel Rangel.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a SET respondeu que o assunto “já está sendo tratado diretamente com o MAM”. Que um período de permanência da obra será estabelecido junto com o MAM. “Por enquanto não há uma posição definitiva. Está sendo negociado“, concluiu.
Rizoma na Linha Vermelha: A Arte para a Cidade
Sessão Temática 2: A cidade como campo ampliado da arte
Resumo
A intervenção “Rizoma na Linha Vermelha” consistiu numa in(corpo)ração ao trabalho do artista Mineiro Dácio Bicudo. A obra exposta durante o 14º Salão da Bahia foi composta por uma linha vermelha com 10 cm de largura e 3 km de extensão, onde foram escritos nomes de artistasbrasileiros conhecidos no cenário artístico contemporâneo. A idéia do trabalho “Rizoma na LinhaVermelha” surgiu durante a oficina “Arte e Filosofia” realizada no MAM, a partir da aproximação com o conceito de Rizoma desenvolvido por Gilles Deleuze e Félix Guatarri. Incorporando a noção de multiplicidade desenvolvida neste pensamento, incluimos na linha vermelha rizomas, ramificações que se multiplicam pela cidade não apenas rasteiramente pelas ruas, mas atingindo outros espaços, acrescentando nomes de artistas plásticos sem visibilidade no cenário artístico baiano e brasileiro. As reflexões mediadas por esse processo artístico e o conceito filosófico supracitado serão os focos de atenção do presente artigo.
Palavras-Chave
Arte; Cidade; Arte Urbana; Filosofia; Rizoma
Introdução
Durante o período de Setembro a Dezembro de 2007 participamos de uma oficina realizada no MAM-Museu de Arte Moderna da Bahia, intitulada “Arte e Filosofia”, ministrada pela artista plástica Virginia de Medeiros e a arquiteta urbanista Silvana Olivieri. A proposta foi discutir temas pertinentes a Arte e a Filosofia e suas imbricações, ambas com recorte na contemporaneidade. Partindo de discussões teóricas, a oficina se desenvolveu tendo como suporte bibliografia específica e selecionada de ambas áreas, acrescida de recursos visuais (filmes, vídeos, documentários, obras de arte)1. O corpo conceitual privilegiado na oficina concentrou-se na produção do filosófo frânces Gilles Deleuze , com enfoque nas noções de “Rizoma” e obra de arte como um “bloco de sensações”, desenvolvidas em colaboração com Félix Guattari.
Em Dezembro deste mesmo ano foi aberto o 14º Salão do MAM, evento artístico de porte nacional que se caracteriza como uma grande exposição que busca dar visibilidade a produção artística contemporânea local e nacional. Alguns dias antes da abertura do Salão, fomos surpreendidos com uma linha vermelha que se desenvolvia pela Ladeira dos Aflitos em direção a Av. Sete, região localizada no centro da cidade de Salvador. Imaginávamos que se tratava de uma intervenção artística embora não houvesse nenhum elemento que identificasse a linha como um trabalho de arte. Também não era possível identificar onde a linha começava e terminava. Dois dias se passaram e para nossa surpresa a linha se apresentava preenchida por uma série de nomes em cor branca. Esses nomes apontavam artistas e outros profissionais vinculados à arte contemporânea brasileira. Na noite de abertura do 14º Salão do MAM ficou confirmado que aquela era umas das obras selecionadas, sendo possível identificar também sua origem, nas paredes externas das salas de exposição do museu, se deslocando para a rua. Trânsitando pelo centro da cidade e deparando-se diariamente com a linha vermelha, uma dupla inquietação era crescente: o desejo de intervir na obra, paralelo as reflexões propíciadas pela oficina. Para nós, era a oportunidade de aprofundar conceitos, concretizá-los em imagem. Esboçando esquemas, refletindo conceito e imagem, chegamos a uma proposta de intervenção na obra, um trabalho de incorporação na Linha Vermelha. As relações possíveis entre os campos da Arte e Filosofia, o conceito de Rizoma e a intervenção urbana Rizoma na linha vermelha, pensada e aplicada a partir destas reflexões, serão os próximos pontos de discussão do texto.
Da árvore a erva: o pensamento rizomático
“Muitas pessoas têm uma árvore plantada na cabeça, mas o próprio cérebro é muito mais uma erva do que uma árvore” (Deleuze e Guattari, 1995, p.24).
A expressão “multiplicidade” permeia todo o corpo conceitual desenvolvido pelo filósofo frânces Gilles Deleuze que ao longo de sua atividade filosófica, ocupou-se de tecer os fios de uma “filosofia prática”, “popfilosofia”, conforme afirmou Deleuze, uma “filosofia da diferença”. Vinculado aos denominados movimentos pós-estruturalistas, suas teorias acerca da diferença e da singularidade nos desafiam a pensar em temas como rizoma, ontologia da experiência, a teoria do que fazemos, a virtualidade e a atualidade. Deleuze, assim como Foucault, foi um dos estudiosos de Kant, mas tem em Bergson, Nietzsche e Espinosa, poderosas intersecções. Professor da Universidade de Paris VIII, Vincennes, Deleuze atualizou idéias como as de devir, acontecimentos, singularidades, conceitos que nos impelem a transformar a nós mesmos, incitando-nos a produzir espaços de criação e de produção de acontecimentos-outros. Trata-se de uma filosofia do acontecimento, uma filosofia da multiplicidade, cujas bases rompem com a filosofia do sujeito, da consciência. Para Deleuze, pensar é experimentar, problematizar, criar. Neste sentido, seu exercício de pensamento acontece num esforço em tornar a filosofia livre da noção de identidade, dicotomias, maniqueísmos, favorecendo o conectivo “e”, as intersecções, os processos de formação, uma filosofia elaborada a partir do acontecimento e sua atualização. É importante, então, introduzir aqui o conceito de rizoma (DELEUZE; GUATTARI, 1995), conceito este retirado da biologia e utilizado para descrever uma forma de pensamento que desconsidera a centralização, a hierarquia e a dicotomia, como prevalecentes, e que, de fato, incorpora o múltiplo, a multiplicidade. Caracterizado como um sistema a-centrado, não hierárquico, um rizoma é um“traçar de linhas” que conectam bulbos de diferentes naturezas sem, no entanto, definir pontos e posições. Esses bulbos não são unidades, mas dimensões que, ao serem alteradas, mudam a natureza do próprio bulbo; são multiplicidades. Opõe-se à árvore, estruturada, centralizada, enraizada. Pode-se dizer, talvez sem muitos equívocos, que o conceito de rizoma reúne e amplia idéias que foram sendo desenvolvidas também por outros filósofos ao longo do século passado, e que se contrapunham ao pensamento binário ou mesmo do tipo raiz-fasciculada, do qual se valeu de “bom grado”, a modernidade. Segundo Deleuze e Guattari“ a lógica binária da dicotomia e das relações biunívocas é incapaz de compreender a multiplicidade, e o sistema-radícula (ou raiz fasciculada), apesar de ter eliminado a raiz principal e ter introduzido uma multiplicidade imediata, não deixa de manter a unidade da raiz principal como passada ou por vir, como possível. (1995, p. 14)Ao apresentar certas características aproximativas do rizoma”, Deleuze e Guattari (1995) abordam, entre outras, a conexão e heterogeneidade, características que garantem a qualquer ponto do rizoma o poder – e o dever – de ser conectado a qualquer outro, diferentemente da árvore, que fixa um ponto, uma ordem. Nessa conexão, cadeias semióticas de diferentes naturezas são conectadas por também diferentes modos de codificação, “colocando em jogo não somente regimes de signos diferentes, mas também estatutos de estados de coisas”
(Deleuze e Guattari, p. 15).
O modo de existir do ser humano parece que se dá, então, da seguinte forma: um pensamento rizomático – ou um funcionamento cerebral que assim se faz – interagindo com um mundo de multiplicidades, que se limita por ações motoras funcionais finitas, hierarquizadas, centralizadas, repetitivas e repetidoras, encadeadas, e que podem resultar numa ação-pensamento também limitada e limitante. Há, no entanto, uma forma de mover-se que desestabiliza essas limitações, que as redireciona, que as transforma em novas possibilidades, que as expõe, que busca incorporar a multiplicidade. Sobre o caráter de multiplicidade, afirma ainda Deleuze e Guatarri: É preciso perceber que o rizoma engloba, também, de certa maneira, o limite. O bulbo é um limite, com a especificidade de que esse bulbo/limite não constitui uma unidade de medida. Não há unidades de medida no rizoma, apenas multiplicidades ou variedades de medidas
(Deleuze e Guatarri, 1995, p. 17).
Assim, com o desenvolvimento do conceito de rizoma, Deleuze e Guattari engendram uma revisão substancial e vigorosa na forma de pensamento dominante e que persiste, até então, centrada na noção de sujeito, e que parte de relações e posicionamentos dicotomizantes frente a reflexão e a prática, uma forma de pensar fixada, pontual, aos modos da arborescência. O conceito de rizoma, ele mesmo, já se configura como o exercicio de um pensamento rizomático, visto que em sua matriz construtiva ele se define a partir do cruzamento de diversas campos do saber, sem esboçar predileção por um em detrimento de outro. Ao contrário disso, Deleuze e Guatarri transitam poresses campos, caracterizando e confrotando essas linhas de pensamento num exercício constante de flexibilidade, exercitando o que podemos denominar de “plasticidade dos conceitos”,uma espécie de modelagem, situando cada um em suas especifícidades, e traçando as linhas de “atravessamento-correspondência” entre estes e o pensamento rizomático. É assim que esta “forma” de pensamento brota como erva e nasce exatamente de um “espalhamento-envolvimento” heterogêneo com essas outras áreas. Acreditamos que esse conceito seja também de extrema importância para o pensar e fazer artístico, que se configura também como um exercício de pensamento. Foi a partir de um encontro com essa forma de pensamento que a intervenção “Rizoma na Linha Vermelha” foi pensada, e onde se tornou possível traçar suas “linhas” de definição. A visualidade, a plasticidade, as sensações experimentadas por esse “conceito-imagem”, potencializaram o desejo de realização da intervenção. Essa experiência e sua relação com o pensamento rizomático serão os próximos temas de discussão do texto.
Da “linha contínua” aos “ramos/bulbos”: A intervenção Rizoma na Linha Vermelha “Nomes de artistas e outros profissionais vinculados à arte contemporânea brasileira se perfilam em uma linha vermelha que cruza Salvador. Em direção ao mar, a lista promove a interação entre cidade, homem e museu”. (News Mam, 2007)
O trecho acima refere-se a obra “Linha Vermelha” do artista mineiro Dácio Bicudo, selecionada no 14º Salão da Bahia. A obra é composta por uma linha vermelha com 10 cm de largura por 3 km, pintada sobre o asfalto, na qual foram escritos o nome de mais de 100 artistas plásticos e profissionais vinculados a arte contemporânea brasileira. Partindo do chão do andar térreo do Solar do Unhão, ela atravessa a Avenida Contorno, sobe a Ladeira dos Aflitos, passa em frente ao Quartel, vira à esquerda na Avenida Sete, chega até a entrada do Elevador Lacerda, sumindo e aparecendo novamente em direção a Praça Cayru, na Cidade Baixa. Inserindo-se como um elemento estranho na paisagem urbana, a linha vermelha causou estranhamento e curiosidade, sendo confundida por muitos como uma espécie de nova faixa de trânsito. Também os nomesescritos sobre a linha eram de desconhecimento da maioria dos transeuntes, como afimou ao Jornal A Tarde (Mês 01/2008), por exemplo, Alba Cristiane Costa, 30 anos, assistente social que caminhava pelo bairro das Mêrces, declarando que não conhecia nenhum dos nomes que leu sobre o asfalto, e garantido que se tivesse tempo seguiria para ver onde iria dar a linha vermelha. A intervenção promoveu curiosidade mas também a inquietação de orgãos públicos, particularmente do orgão responsável pela fiscalização e manutenção do trânsito na cidade de Salvador, a Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET), afirmando que a obra não poderia permanecer porque atrapalharia o trânsito. Isso se deve ao fato de que a que linha vermelha é geralmente utilizada como sinalização de ciclovias. Em reposta a discussão, o artista destacou o sentido da proposta fazendo a seguinte declaração; “…é a participação da arte contemporânea na vida. Eu pretendo que a Linha Vermelha continue até o fim do Salão, em 17 de fevereiro. Se eu tiro, a obra morre. Não faz sentido ficar somente dentro do Museu. A proposta é criar um diálogo com a população”.
http://www.youtube.com/watch?v=g-P687dLh80
(Jornal A Tarde, 2007)
Finalmente, depois de diálogos entre o MAM, a SET e o artista, a obra permaneceu exposta, inclusive durante o carnaval, e ainda pode ser vista em alguns trechos do centro da cidade. Paralelamente ao debate estabelecido em torno da obra, e concluída a oficina de arte e filosofia realizada no MAM, estávamos inquietos com o desejo de incorporar uma intervenção à linha vermelha. Após um aprofundamento nos conteúdos abordados na oficina, pensávamos comopoderíamos elaborar uma proposta que pudesse acolher o conceito de rizoma e foi assim que conseguimos desenhar um plano de intervenção intitulando posteriormente, digo depois da ação propriamente dita, de “Rizoma na Linha Vermelha”. Durante as discussões sobre a concepção da proposta, refletíamos de que maneira este trabalho se apresentaria como uma ação que evidenciasse uma intenção para além da noção de “apropriação” do trabalho do artista, mas que se configurasse enquanto algo por nós definido como “intervenção-incorporação”. Essa posição não perderia de vista a noção de rizoma, que segundo Deleuze e Guattari (2000) representa “aliança”, unicamente aliança.
Vladimir Santos Oliveira
Joelma Félix Brandão
Dácio – Linha Vermelha 2007 Salvador MAM – Agradeço a: Carla Caruso ( escritora ) por co-autoria do texto do projeto e Vladimir Santos Oliveira,e Joelma Félix pela rizoma (educador e artista )
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